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Se agora o sorriso é jubiloso
e não mais os dentes renhidos,
Se o vento me refresca a alma
e não ouço mais os trovões,
devo-o a ti.

Se as mãos se unem em harmonia
e trabalham juntas na mesma vontade
exercitando a justiça
a não jabear nervosas
mas entrelaçadas na verdade,
devo-o a ti.

Se o coração expurgou
e o sangue não está a ferver em vícios,
E aquele momento se eternizou
e não mais o esquecimento resistirá,
Se hoje não estou mais morto
como era outrora,
Se sou, sou em ti,
como nunca fui antes
mas devo-te
porque em ti vivo,
movo e existo.

Sem ti,
o que seria de mim?
Não me lembres daqueles dias
nos quais desfalecia como moribundo
agora sou teu
e nada me fará voltar ao vômito
de onde fui tirado
lavado e vestido em roupas brancas
a olhar-te, frente a frente,
assim como sempre
olhou para mim.

Se sou, é porque
tu sempre fostes e
jamais poderias não ser
o “Eu Sou”.
E devo-o a ti.

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