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Ah! O silêncio impossível,
Emaranhado na cabeça,
A um zumbido ecoante,
Entre latidos persistentes.

Ah! As energias esvaindo-se
Em um sôfrego estômago,
Frêmitos latejantes no peito,
Como se fosse sufocar-me.

Ah! As memórias esvoaçantes,
Choram e riem de saudades,
Num tempo em que não eram antes,
E agora perfilam-se sugestivas.

Ah! O futuro desejoso e esperado,
Da paz inimaginável e duradoura,
Como o suspiro diante da beleza,
Ou o ar estancado pela morte.

Há uma guerra deflagrada,
Onde armas obsoletas e inutilizantes,
Apenas distraem-me do confronto,
Garantindo-me a derrota alcançada.

Mas há uma cruz, e nela o libertador,
Há sangue pelos dedos e cravos,
Do seu lado e dos pés,
E, então, posso ver a vitória.

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