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Concede-me o que me ordenas, e ordena o que quiseres

Toda a minha esperança baseia-se na grandeza de tua misericórdia. Concede-me o que me ordenas, e ordena o que quiseres. Tu nos ordenas a continência, e alguém disse: “Consciente de que ninguém pode possuir a continência, a não ser por dom de Deus, já era sabedoria o saber de onde vem esse dom”. É graças à continência que nos reunimos e nos reconduzimos à unidade, da qual nos afastamos para nos perdermos na multiplicidade. Pouco te ama aquele que ao mesmo tempo ama outra criatura, sem amá-la por tua causa. Ó amor, que sempre ardes e não te extingues jamais! Ó caridade, meu Deus, inflama-me! Tu me ordenas a continência; concede-me o que me ordenas, e ordena o que quiseres.

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