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Eu te perdôo

eu te perdoo

Eu não tenho medo de você
eu te ofereço a outra face
todas as ofensas escrevi
sobre a areia e o mar levou.

Eu te perdôo por nunca me perdoar
Por achar que é o melhor e sempre me humilhar
Eu te perdôo por não me estender a mão
Não matar a minha sede e não dividir o pão

Eu te perdôo pela religiosidade
Vive sempre a me julgar, se acha dono da verdade
Eu te perdôo pela vida de aparências
Pelas regras, por me impor sua vontade

Eu te perdôo por sempre me ignorar
Vira o rosto quando eu passo, paga o bem com o mal
Eu te perdôo pela promessa não cumprida
Pela língua mentirosa, pelo trato desigual

Eu te perdôo pela incredulidade
Sua resposta negativa, sua desonestidade
A sujeira debaixo do tapete
O suborno, a propina e a infidelidade

Por pegar emprestado e não devolver
Por me magoar e nem perceber
Por comprar e não pagar
Por jurar e depois se esquecer

Eu te perdôo pela falta de amizade
Suas piadas de mal gosto, sua insensibilidade
Eu te perdôo por quebrar o contrato
Por agir de má-fé, por todos seus atos.

Eu não tenho medo de você
eu te ofereço a outra face
todas as ofensas escrevi
sobre a areia e o mar levou.

Eu te perdôo pela sua arrogância
por agir sem pensar, pela sua ignorância
por achar-se o dono do mundo
por quebrar as leis, pela sua petulância

Eu te perdôo por furtar, roubar e matar
vive sempre a blasfemar, estátuas adora
eu te perdôo pela guerra
o sangue derramado sobre a face da terra

Por duvidar da minha palavra
por matar os meus sonhos, por fugir da batalha
eu te perdôo por zombar da minha arte
por não fazer sua parte, por todas as suas falhas

Eu te perdôo pela sua idolatria
por um monte de heresias, por amar a mentira
te perdôo pela falta de fé
por agir como Tomé e por não ver a saída.

Eu não tenho medo de você
eu te ofereço a outra face
todas as ofensas escrevi
sobre a areia e o mar levou.

“Porque, se perdoarem as ofensas dos outros contra vocês,
o Pai que está no céu também perdoará vocês.
Mas se não perdoarem aos outros,
o Pai também não perdoará as ofensas de vocês.”
(Mateus 6:14-15)

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